Sim, vi este enorme navio flutuando dentro da cidade pela televisão.

Quase 9 anos se passaram do grande desastre ecológico ocorrido na região nordeste do Japão.

No dia 11 de março de 2011, sexta feira, um dia como qualquer, encontrava-me trabalhando no meu escritório na cidade de Yokkaichi.

De repente ouvi um alerta, liguei a televisão e tive um choque, não acreditava no que via, cenas horríveis começaram a se desenrolar na frente dos meus olhos.

Meio atordoado, não conseguia coordenar meus pensamentos, passado alguns minutos a ficha caiu, a transmissão era ao vivo.

Após o tremor, grandes ondas(tsunamis) avançavam sobre tudo, cidades, campos, plantações, enfim tudo em tudo que havia na costa do oceano Pacífico na região nordeste do arquipélago.

O violento tsunami provocou o acidente nuclear na Usina Nuclear de Fukushima Daiichi gerando problemas que levarão mais de 40 anos para serem remediados.

Prefeitura de Ouchi cho, todos os funcionários foram vítimas do Tsunami.
Marca das garras do Tsunami.
Máquina demolindo o que restou desta edificação.
Triste paisagem, prédios destruídos.
Destroços e máquinas trabalhando na recuperação
Veículos de transporte que se transformaram em sucata.

Durante muito tempo aquelas cenas horríveis de casas sendo destruídas pelas ondas, navios flutuando dentro da cidade, pessoas correndo ou sendo engolidas pela água, incêndios provocados pela queima de combustíveis, carros que pareciam serem de papéis.

 

Montes de lixo em vários pontos.
O Tsunami varreu os quadro andares inferiores deste prédio.
Único pinheiro que sobreviveu ao tsunami, infelizmente secou algum tempo depois, por conta da água salobra.

Estas cenas martelavam na minha cabeça, mas sabia que se fosse para a região seria um incômodo.

Em maio de 2012, pouco mais de um ano do pesadelo, resolvi ver com meus olhos as consequências do que havia visto ao vivo pela televisão.

 

Super mercado totalmente destruído.
Transporte ferroviário local sem trilhos.
Prefeitura de Ouchi cho marca a hora do acidente.

O choque que tive foi muito grande, as imagens que presenciei e registrei nesta viagem ainda flutuam na minha mente.

Sou fotógrafo, não jornalista, mas sinto-me no dever de publicar minhas imagens, e a lição de vida que guardo comigo.

Seja feliz e viva intensamente o hoje, porque o amanhã está nas mãos de Deus.

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